A maioria dos gigantes empresariais mundiais de há duas décadas desceu no ranking de valor de mercado, de acordo com a análise efectuada pela Fidelity International.
«Utilizando o MSCI World Index como barómetro da mudança entre as 20 maiores empresas do mundo, a análise revela um cenário muito diferente em 2006 em relação a 1986. Embora os sectores representados pelas 20 maiores empresas se tenham tornado mais concentrados, a distribuição geográfica aumentou», adianta a Fidelity.
Em Junho de 1986, os EUA ocupavam 11 dos 20 principais lugares em termos de valor de mercado, com a empresa de serviços informáticos IBM a ocupar a primeira posição, representando 3,9% do índice. O Japão tinha sete empresas entre as 20 maiores e o Reino Unido as duas restantes.
Apesar de três países dominarem as 20 maiores empresas com 21,7% do índice, os sectores representados eram muito mais diversificados, indo desde empresas de electricidade a empresas automóveis, de empresas de refrigerantes a operadoras de telecomunicações de rede fixa.
Europa sobe posições à custa de queda do Japão
Este ano, embora os EUA agora se orgulhem de ter 12 das 20 maiores empresas, o resto do grupo é composto por um leque mais vasto de países. As empresas japonesas perderam importância durante o período, devido aos efeitos negativos da prolongada crise económica. As empresas europeias subiram nos rankings, com a Rússia, a França e a Suíça a beneficiarem à custa do Japão. A concentração das 20 maiores empresas no índice geral também diminuiu, com estas a representarem 13% do total (quase 20% menos do que há duas décadas).
Americana Exxon Móbil ocupa primeiro lugar da tabela
No entanto, os sectores representados concentraram-se significativamente, com cinco bancos, quatro empresas integradas de petróleo e gás e quatro farmacêuticas a dominarem o topo da tabela.
A nível das empresas, apenas cinco grupos conseguiram ficar entre as 20 maiores. A Exxon Móbil subiu do segundo para ao primeiro lugar e a General Electric de terceiro para segundo lugar. A IBM, que em 1986 ocupava a primeira posição, caiu para o 28º lugar. Os maiores vencedores, no entanto, são a Gazprom (a empresa russa do sector energético recentemente cotada) e o Citigroup (resultante da fusão do Citicorp e do Travellers Group), que estão em terceiro e quarto lugar. A Microsoft também é uma história de sucesso, tendo subido da 573ª posição que ocupava em 1986 para a 5ª que ocupa actualmente.
As empresas que registaram as maiores quedas nas últimas décadas são o fabricante automóvel Ford Motor, que passou do 16º lugar para 596º, a General Motors, que caiu do 7º lugar para 424º e a Hitachi, que caiu do 18% para 322º.
Michael Gordon, Global Chief Investment Officer da Fidelity International, comenta que «a composição dos mercados mundiais mudou muito nos últimos 20 anos, tendo as empresas integradas de petróleo e gás, em particular, beneficiado mais recentemente da subida prolongada registada no mercado das commodities».
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