terça-feira, outubro 24, 2006

IKEA investe 135 milhões em 3 fábricas em Paços de Ferreira

A Swedwood, grupo industrial da IKEA, vai investir 135 milhões de euros na instalação de três fábricas em Paços de Ferreira até 2010.

Este projecto vai assegurar a criação de 550 postos de trabalho directos e mais de mil indirectos, disse António Machado, responsável da IKEA em Portugal, na sessão de apresentação das novas fábricas.

A primeira destas três unidades industriais começará a ser construída até ao final deste ano, e vai produzir peças em estrutura alviolar. A segunda fábrica, prevista para 2008, fica encarregue do fabrico de portas de cozinha e a terceira unidade, a instalar até 2010, terá o mesmo processo de produção que a primeira unidade, mas para móveis com um acabamento folheado.

Cerca de 90% da produção será destibada à exportação para a Europa e EUA e, segundo António Machado, a IKEA prevê atingir a velocidade cruzeiro em 2014, com uma produção de 180 milhões de euros.

Marca investe 670 milhões até 2015 em Portugal

A IKEA vai investir cerca de 670 milhões de euros em Portugal até 2015, um valor que engloba a abertura de sete lojas, incluindo a IKEA Alfragide, que já foi inaugurada em Junho de 2004, a IKEA Matosinhos, com abertura prevista para o segundo semestre de 2007, dois centros comerciais e a criação das três fábricas hoje apresentadas, o que perfaz a criação de 2.425 empregos directos e qualificados.

Défice corrente dos Doze atinge 3.900 milhões de euros

A balança por conta corrente da Zona Euro alcançou um défice de 3.900 milhões de euros no mês de Agosto, depois de um excedente de 2.500 milhões em Julho.

O défice corrente acumulado nos últimos doze meses ascendeu aos 36.400 milhões de euros, segundo os dados publicados esta terça-feira, pelo Banco Central Europeu (BCE).

Já a balança comercial da Zona Euro atingiu um défice de 3.800 milhões de euros, em Agosto, longe do excedente de 5.600 milhões que alcançou em Julho e um saldo acumulado de 15.800 milhões nos últimos doze meses.

Petróleo cai com possível baixa de produção por parte da OPEP

Os preços do petróleo registam esta terça-feira uma ligeira descida, com os investidores a duvidarem da capacidade da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em levar a cabo a prática da redução da produção, tal como anunciou.

Em Nova Iorque, o crude perde um cêntimo, para os 58,80 dólares por barril.

Já em Londres, o IPE Brent custa menos11 cêntimos, para os 59,10 dólares por barril.

A OPEP decidiu reduzir a produção em 1,2 milhões de barris diários mas até agora apenas a Arábia Saudita se comprometeu formalmente a baixar a sua produção em 330 mil barris diários.

Greve geral da função pública é cada vez mais provável

Depois da CGTP, é hoje a vez dos sindicatos da função pública afectos à UGT (Fesap e STE) anunciarem novas formas de luta contra as medidas do Governo que afectam o sector.

A Frente Comum marcou já uma paralisação de dois dias, para 9 e 10 de Novembro (5ª e 6ª feira) e o mais provável é que também a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) adiram a esta greve.

Numa conferência de imprensa conjunta convocada para o final da manhã de hoje, as duas estruturas sindicais prometem responder aos ataques do Governo aos funcionários públicos.

Os sindicatos tinham já admitido subir de tom nas medidas de protesto contra a reforma da Administração Pública, nomeadamente as medidas que dizem respeito à avaliação de funcionários, à Lei da mobilidade e à redução de efectivos, ao congelamento das progressões automáticas nas carreiras, ao aumento salarial de 1,5% proposto para 2007, etc.

No que toca ao bolso, os funcionários públicos têm outras razões de queixa, como o aumento dos preços na saúde, com a actualização da tabela da ADSE como nas maiores contribuições para este sistema de saúde.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Afinal preço da luz só aumenta 6 a 8%

O ministro da Economia afirmou hoje que o aumento das tarifas de electricidade vai ficar entre os 6 e os 8 por cento e que o Governo considera «inaceitável» o aumento de 15,7% proposto pela entidade reguladora do sector.

Em entrevista ao jornal «Sol», que será publicada na íntegra no Sábado, Manuel Pinho explicou que está disposto a aplicar «mecanismos que permitam reduzir de forma substancial o aumento», uma vez que o Governo considera «inaceitável» a proposta feita pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

De acordo com o semanário, o Governo «pretende alterar o preço de referência de energia, bem como aumentar o prazo de amortização do défice tarifário para dez anos».

As medidas serão anunciadas pelo ministro sexta-feira, em conferência de imprensa.

Na entrevista, Manuel Pinho disse ainda considerar possível amortizar o défice tarifário, que actualmente ronda os 396 milhões de euros, para além dos três anos propostos pela ERSE, dando o exemplo de Espanha que tem prevista uma amortização em 30 anos.

O ministro da Economia admitiu que a Entidade Reguladora tem «total autonomia para fixar tarifas», mas lembrou que o Governo é «soberano em matéria legislativa».

Afinal preço da luz só aumenta 6 a 8%

O ministro da Economia afirmou hoje que o aumento das tarifas de electricidade vai ficar entre os 6 e os 8 por cento e que o Governo considera «inaceitável» o aumento de 15,7% proposto pela entidade reguladora do sector.

Em entrevista ao jornal «Sol», que será publicada na íntegra no Sábado, Manuel Pinho explicou que está disposto a aplicar «mecanismos que permitam reduzir de forma substancial o aumento», uma vez que o Governo considera «inaceitável» a proposta feita pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

De acordo com o semanário, o Governo «pretende alterar o preço de referência de energia, bem como aumentar o prazo de amortização do défice tarifário para dez anos».

As medidas serão anunciadas pelo ministro sexta-feira, em conferência de imprensa.

Na entrevista, Manuel Pinho disse ainda considerar possível amortizar o défice tarifário, que actualmente ronda os 396 milhões de euros, para além dos três anos propostos pela ERSE, dando o exemplo de Espanha que tem prevista uma amortização em 30 anos.

O ministro da Economia admitiu que a Entidade Reguladora tem «total autonomia para fixar tarifas», mas lembrou que o Governo é «soberano em matéria legislativa».

Governo vai mudar a Lei para travar aumento no preço da luz

O ministro das Finanças anunciou hoje que o Governo está a preparar uma alteração ao quadro legislativo, para permitir uma actualização das tarifas eléctricas mais «consentânea com as actualizações a nível europeu».

Teixeira dos Santos, que falava na conferência de imprensa a seguir ao Conselho de Ministros, citado pela «Lusa», adiantou que esta alteração legislativa está a ser preparada e vai ser apresentada brevemente pelo ministro da Economia, Manuel Pinho.

Fernando Teixeira dos Santos considerou «excessivo» o aumento dos preços da electricidade anunciado pela entidade reguladora do sector, ERSE, e afirmou que o governo foi surpreendido pela decisão do regulador.

Questionado pelos jornalistas sobre a «folga orçamental» para qualquer medida moderadora dos aumentos, Teixeira dos Santos respondeu que a dotação provisional existente nos orçamentos serve para «fazer frente a quaisquer encargos acrescidos que se venham a verificar».

Governo acaba com pensões milionárias no Banco de Portugal

O Governo aprovou a nova Lei Orgânica do Banco de Portugal (BdP). Entre as muitas alterações, conta-se o fim dos benefícios sociais dos trabalhadores e administradores relativos a reforma, aposentação e sobrevivência.

Quer isto dizer que acabam os regimes e planos complementares de reforma, passando a beneficiar do sistema público de Segurança Social.

Entre as novidades aprovadas em Conselho de Ministros estão novos requisitos exigíveis às pessoas sobre quem pode recair a escolha para membro do conselho de administração do Banco de Portugal e também a impossibilidade da retribuição dos membros do conselho de administração, assim como a dos membros do conselho de auditoria, integrar qualquer componente variável.

A composição do conselho de auditoria do Banco de Portugal será também actualizada, «abandonando a norma, já sem paralelo no ordenamento jurídico português, de entre os seus membros constar um designado pelos trabalhadores do Banco de Portugal», explica o Governo no comunicado do Conselho de Ministros.

Os membros do conselho consultivo deixam de ser remunerados.

Embora o mandato dos membros do conselho de administração do BdP se mantenha se cinco anos, deixa de se fazer coincidir o termo do período de cinco anos com a data da aprovação das contas do último exercício iniciado durante esse período.

Simultaneamente, o mandato dos membros dos órgãos do Banco de Portugal, conselho de administração, conselho de auditoria e conselho consultivo, passa a ser apenas renovável por uma vez e por igual período de tempo.

O Regulamento do Gestor Público passa a estar aplicada aos membros do conselho de administração do Banco de Portugal em tudo o que não for previsto na Lei Orgânica da instituição.

Governo corta regalias dos gestores da função pública

O Governo aprovou o novo Estatuto do Gestor Público, onde elimina as regalias e benefícios respeitantes a planos complementares de reforma.

O novo estatuto, aprovado em Conselho de Ministros, «atenta a necessidade de actualizar o regime actualmente em vigor, que data de 1982 e nunca foi alterado».

No âmbito desde Decreto-Lei, o Governo consagra ainda o princípio da contratação da gestão assente em objectivos quantificados. Trata-se de um princípio definido em 1999 que até ao presente carecia de adequado tratamento legislativo. Do cumprimento dos objectivos depende a remuneração dos gestores assente em rigorosa avaliação, nos termos de Resolução do Conselho de Ministros.

Com as alterações, o Governo pretende criar um quadro único de referência para a actuação dos membros dos órgãos de administração das empresas públicas, estabelecendo um conjunto de direitos e deveres específicos dos gestores públicos.

Pretende ainda «instituir um regime do gestor público integrado e adaptado às circunstâncias actuais, que abranja todas as empresas públicas, independentemente da respectiva forma jurídica, e que fixe sem ambiguidades o conceito de gestor público, defina o modo de exercício da gestão no sector empresarial e as directrizes a que a mesma deve obedecer e regule a designação, o desempenho e a cessação de funções pelos gestores públicos».

Emprego no sector das farmácias cresce 3,5% ao ano

O Presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), João Cordeiro, avançou que o número de trabalhadores no sector das farmácias tem crescido a uma taxa média anual de 3,5 por cento.

As farmácias apresentam um «crescimento em contra-ciclo com a tendência nacional para a diminuição do volume de emprego», revelou o mesmo responsável no 8º Congresso Nacional de Farmácias.

A mesma fonte explicou ainda que a qualidade dos recursos humanos tem «melhorado extraordinariamente», já que o número de farmacêuticos licenciados a trabalhar nas farmácias comunitárias cresceu 60% nos últimos dez anos.

João Cordeiro referiu também que a ANF acabou de construir um novo Laboratório de Estudos Farmacêuticos, em Oeiras, a inaugurar brevemente.

No que se refere ao plano financeiro, a mesma fonte acrescentou também que a instabilidade de 1975 foi ultrapassada, explicando que a «concretização da ANF do relacionamento com as entidades reforçou a capacidade negocial do sector, proporcionando às farmácias o recebimento pontual do valor das comparticipações que lhe são devidas, que correspondem a mais de 50% do seu volume de facturação».
ImprimirEnviar a amigoLer comentários