A força dinamizadora da actividade económica continuou a ser a procura externa no segundo trimestre do ano, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística INE).
No entanto, a procura interna continuou a apresentar um fraco dinamismo, podendo ter-se agravado a evolução do investimento e ter-se mantido o moderado crescimento do consumo privado.
Assim, a procura externa foi decisiva para o bom andamento da indústria. Assim, e tomando em conta a informação preliminar, o valor das exportações cresceu 13,2 por cento no trimestre terminado em Maio, o que compara com as evoluções de 11,1% e de 3,9% que se verificaram no primeiro trimestre deste ano e no quarto trimestre de 2005, respectivamente.
Pelo contrário, o crescimento do valor das importações foi mais moderado que no primeiro trimestre, na ordem de 6,4%, e em desaceleração de 2,8 p.p.. Prolongando estes comportamentos até Junho, e presumindo evoluções regulares dos deflatores, é verosímil que a procura externa líquida tenha continuado a ser decisiva para o crescimento da actividade no segundo trimestre.
Quanto à procura interna, a informação disponível aponta para um moderado crescimento do consumo, possivelmente com uma ténue animação do consumo corrente e uma quebra circunstancial nos bens duradouros. As indicações sobre o investimento não são favoráveis, apontando para reduções mais intensas na construção e nas máquinas e equipamentos. Apenas nas vendas de veículos comerciais pesados se registou um crescimento no segundo trimestre, mas resultante de efeitos de antecipação, pelo que se espera uma quebra das vendas nos próximos meses.
Esta aceleração foi resultante do maior dinamismo da fabricação de automóveis, de alguns grupos pertencentes às indústrias de bens alimentares e de vestuário, bem como da pasta de papel e de componentes electrónicos.
Em termos de volume de negócios, a aceleração foi um pouco mais expressiva, passando o respectivo índice a evoluir de 6,1% para 8,0%, para os mesmos períodos. A variação homóloga do sector de serviços também recuperou, cerca de 1,3 p.p., passando a registar um ligeiro crescimento, de 0,8%, o que já não acontecia desde o quarto trimestre de 2005. As actividades imobiliárias bem como o comércio, com exclusão do de automóveis, foram decisivos para tal recuperação. Pelo contrário, a construção manteve um comportamento muito negativo, tendo o índice de produção registado em Maio uma variação homóloga de menos 6,1%.
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