
«O caso do Fórum Filatélico é diferente da Afinsa. Os contratos foram celebrados com a empresa portuguesa, por isso a acção tem de ser posta nos tribunais portugueses, enquanto no caso da Afinsa foram celebrados com Espanha», explicou hoje em conferência de imprensa o secretário-geral da DECO, Jorge Morgado.
As empresas Afinsa e Fórum Filatélico, que se dedicavam à venda de selos, foram alvo de uma investigação pelas autoridades espanholas por suspeita de burla.
A falência do Fórum Filatélico foi decretada pelo tribunal no passado dia 04, dias antes de o juiz tomar a mesma decisão para a Afinsa.
«Os investidores que aplicaram as suas poupanças no Fórum devem agora recorrer aos serviços de um advogado, uma vez que a lei impede a DECO de prestar esse serviço, para comunicar ao tribunal qual é o valor da dívida em causa», adiantou Jorge Morgado, citado pela agência «Lusa».
«Ao contrário da Afinsa, foi o próprio Fórum Filatélico que se apresentou à falência. Por isso, este processo deverá ser mais célere do que o da Afinsa», que vai decorrer nos tribunais espanhóis, adiantou à mesma agência.
Investidores têm de se constituir credores
Mas, tal como para a Afisna, os investidores do Fórum Filatélico têm de se constituir credores da empresa para fazer uma reclamação individual dos créditos a que têm direito.
«Embora não possamos facultar os nossos advogados, pois isso é considerado procuração ilícita segundo a lei portuguesa, vamos prestar aos nossos associados toda a informação de que necessitem», adiantou o secretário-geral da DECO.
Até hoje a DECO recebeu um total de 1.800 queixas de investidores portugueses que perderam dinheiro com a Afinsa e o Fórum Filatélico.
«Especificamente sobre o Fórum devemos ter recebido cerca de 10 por cento daquelas queixas», ou seja 18, adiantou aquela fonte.
Segundo cálculos da associação espanhola de defesa dos direitos dos consumidores, a Organizacion de Consumidores Y Usuários (OCU), deverão existir cerca de 2.400 a 3.600.
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