quarta-feira, julho 19, 2006

PT decide separação da rede grossista e retalhista no fixo

A decisão final sobre a solução que a Portugal Telecom poderá vir a apresentar para a separação das áreas de venda por grosso e retalhista no fixo deverá ser conhecida dentro de 30 a 60 dias, disse Rodrigo Costa, vice-presidente do grupo PT.

De acordo com a «Reuters», Henrique Granadeiro, CEO da PT, adiantou que a PT está disponível para negociar com os outros operadores móveis a partilha de recursos nas redes para diminuir os custos, havendo disponibilidade de outros operadores para o fazer.

Sobre o eventual spin-off da PT Multimédia, nenhum responsável da PT esteve disponível para comentar, remetendo as respostas já dadas sobre o assunto na semana passada e que apontavam para que esta acção não estaria agendada, contrariando uma notícia do «Diário Económico».

«Dentro de 30 a 60 dias devemos divulgar a nossa posição (sobre a área de por grosso e retalho no fixo)», afirmou aos jornalistas, à margem de uma visita a uma central da PT.

Sublinhou que a PT está a avaliar as várias opções, desde a criação de meras unidades e uma separação destas áreas através da criação de uma empresa, para chegar à opção mais eficaz, que respeite as questões de concorrência e garanta a estabilidade laboral, avança a «Reuters».

O também presidente da PT Comunicações lembrou que este tema já estava em estudo na PT e que não se trata de uma decisão para combater a Oferta Pública de Aquisição lançada pela Sonaecom sobre o grupo.

«Estamos a estudar a melhor forma de gerir estas duas áreas. Há que ter também a perspectiva do regulador sobre esta matéria», frisou.

Para além disso, adiantou que a PT deverá investir este ano «pelo menos 233 milhões de euros» na infraestrutura da rede fixa, ou seja, pelo menos vai igualar o montante investido em 2005.

No total, a PT investiu no fixo, entre investimento e custos, um total de 520 milhões de euros em 2005.

Por último, frisou que a PT também defende uma desregulamentação do sector de telecomunicações na Europa, à semelhança de outros incumbentes europeus, para permitir aos operadores ter garantias de que os seus investimentos não irão depois ser colocados ao dispor de outros operadores.

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