O Banco Central Europeu (BCE) acabou por anunciar um aumento da taxa de juro de referência para a Zona Euro dos anteriores 2,75% para 3%.
Esta subida de 25 pontos base é a quarta desde Dezembro de 2005. Os analistas apostam que não será a última este ano e esperam mais duas subidas idênticas até ao final do ano, para uma taxa de 3,5%.
A motivar os responsáveis pela política monetária do BCE neste aumento do preço do dinheiro estão as pressões inflacionistas, sobretudo impulsionadas pelo elevado preço do petróleo, que atingiu no passado dia 17 um novo máximo acima dos 78 dólares por barril. A inflação dos Doze ronda os 2,5%, acima dos 2% que eram a meta inicial do BCE para este ano.
Também os sinais de que o crescimento económico se está a solidificar motivam uma subida das taxas.
As notícias não são muito boas para quem tem empréstimos contraídos. No entanto, esta subida da taxa não representa, necessariamente, um aumento das prestações mensais dos créditos. Pelo menos, não para todos os empréstimos, uma vez que o mercado já está a descontar essas subidas há algum tempo.
Mais 47 euros por mês
O responsável da DECO, Vinay Pranjivan, explicou à «Lusa» que haverá empréstimos à habitação (de taxa variável) que já foram afectados e outros que ainda serão, dependendo da altura e da periodicidade com que é feita a revisão da taxa de juro negociada com o banco.
De acordo com as contas da associação de Defesa do Consumidor, um empréstimo à habitação no valor de 140 mil euros a 30 anos, com um spread de 0,7% e com Euribor a três meses, pagará em Agosto mais 47 euros do que o valor que pagava em Abril (669 euros em Agosto contra 622 euros em Abril), tendo em conta um aumento de 0,25 pontos percentuais na taxa de juro.
Em Julho, esta prestação já tinha aumentado 21 euros face a Abril, para 643 euros.
A verificarem-se mais duas subidas de 0,25 pontos percentuais na taxa de juro, a prestação mensal da simulação feita pela DECO sobe para 710 euros, mais 41 euros do que o valor de Agosto.
Esta manhã, ao contrário do que previam os especialistas, o Banco de Inglaterra também subiu a sua taxa directora de 4,5% para 4,75%.
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