O indicador de clima melhorou em Julho, reforçando o afastamento face ao patamar em que se tinha situado nos oito meses anteriores a Junho e atingindo o melhor valor desde Outubro de 2004.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, o indicador de confiança dos consumidores em Julho retornou ao nível atingido em Maio, depois de em Junho ter interrompido o perfil ascendente dos quatro meses anteriores.
A evolução observada no mês de referência resultou da recuperação de todas as componentes à excepção das expectativas sobre a situação financeira do agregado familiar, que se agravaram pelo terceiro mês consecutivo, contrariando a melhoria dos sete meses anteriores.
As expectativas sobre a situação económica do país voltaram a recuperar, se bem que apenas ligeiramente, depois de terem interrompido nos dois meses anteriores o acentuado movimento ascendente iniciado em Setembro transacto. As perspectivas sobre a evolução do desemprego desagravaram-se pelo sexto mês consecutivo, registando o melhor valor desde Junho de 2005. As expectativas de realização de poupança prolongaram a tendência ascendente que se iniciou após se ter registado o mínimo histórico da série em Setembro do ano passado.
Indústria Transformadora continua a recuperar
Na indústria transformadora os níveis de confiança mantiveram o movimento de recuperação do mês anterior, apresentando o melhor valor desde Outubro de 2004. O desagravamento de Julho foi determinado pelo intenso movimento registado nas opiniões sobre a procura global, uma vez que para além do sentimento relativo aos stocks de produtos acabados ter voltado a degradar-se, as perspectivas de produção recuaram este mês para o nível de Maio.
Actividade de construção e obras públicas degrada-se em Julho
O indicador de confiança para a construção e obras públicas degradou-se em Julho, prolongando o perfil descendente iniciado em Agosto de 2005 e apenas interrompido entre Fevereiro e Abril deste ano. A evolução do mês corrente, que situou o indicador no valor mínimo desde Dezembro de 2003, foi determinada pelo comportamento das opiniões sobre a carteira de encomendas, uma vez que as perspectivas de emprego estabilizaram face a Junho.
Retalho determina degradação de confiança no Comércio
Em Julho, o indicador de confiança do Comércio degradou-se ligeiramente devido ao comportamento do comércio a retalho, uma vez que no comércio por grosso recuperou. No mês de referência o andamento do indicador foi determinado pela evolução das avaliações sobre as existências e das perspectivas de actividade, uma vez que as opiniões sobre a actividade corrente melhoraram.
Ainda, sobre os serviços, o indicador de confiança reforçou o movimento ascendente, situando-se acima da média da série.
Sem comentários:
Enviar um comentário