terça-feira, julho 11, 2006

Opel da Azambuja fecha as portas

A notícia foi avançada pelas televisões, no dia em que o Fórum dos Trabalhadores da General Motors se reuniu com a administração da empresa.

O desfecho era já esperado, embora os trabalhadores tenham mantido esperanças até à última hora. A casa mãe, a General Motors, tinha já confirmado que o único modelo produzido na Azambuja (Combo) vai passar a ser montado em Saragoça, Espanha.

A crise surgiu quando a empresa, citando um estudo encomendado para analisar a produtividade de cada uma das suas fábricas na Europa, concluiu que a unidade portuguesa era das menos competitivas.

Segundo a General Motors, produzir um carro na Azambuja custa mais 500 euros do que noutras unidades.

O Governo ainda tentou negociar com a General Motors e os trabalhadores organizaram acções de protesto que chegaram a atingir greves parciais e mesmo greve total. Paralisações que estiveram inseridas num plano de greves que atravessou as várias unidades do grupo pela Europa.

Os trabalhadores vinham fazendo vigílias à porta da fábrica, para que a empresa não leve nenhuma máquina das instalações. Os funcionários estavam até dispostos a prescindir das férias para se manterem alertas a essa possibilidade.

A unidade da Opel em Portugal emprega mais de 1.100 pessoas, mas perto de mil dependem também da unidade, por trabalharem para outras empresas, que são suas fornecedoras.

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