terça-feira, dezembro 13, 2005

"TGV justifica-se apesar da crise pelo impacto no PIB e emprego"

Mais de 7 mil milhões no PIB e 100 mil empregos

O ministro das Obras Públicas, Transportes, e Comunicações, Mário Lino, justificou esta segunda-feira o avanço do comboio de alta velocidade com os impactos positivos que o projecto terá na economia portuguesa, nomeadamente na expansão do PIB e criação de postos de trabalho.

«O facto de, conjunturalmente, Portugal viver um período de dificuldades económicas não justifica que se interrompa o desenvolvimento destes projectos. Tal interrupção só agravaria o atraso de Portugal em matéria de modernidade e competitividade no espaço Ibérico e Comunitário, perdendo, simultaneamente, uma oportunidade única para desenvolver a inovação, a tecnologia e a coesão social e territorial do país e, ainda, a criação de um número significativo de postos de trabalho», disse o ministro no seu discurso.

Mário Lino diz que «de acordo com os resultados dos estudos efectuados, os impactos da Rede Ferroviária de Alta Velocidade (RAVE) na mobilidade, socio-económicos e ambientais são globalmente muito positivos e muitos significativos. As análises custo-benefício realizadas para as linhas Lisboa Porto e Lisboa-Madrid, de acordo com a metodologia da União Europeia permitem concluir que o projecto tem um retorno significativo para a economia nacional, com taxas internas de rentabilidade económica muito apreciáveis, em particular na linha Lisboa-Porto», que se estima em 6,8%, segundo o estudo distribuído.

Concretamente, o avanço das linhas de alta velocidade Lisboa/Porto e Lisboa/Madrid, as únicas que já estão totalmente decididas, terão, segundo um estudo levado a cabo pela Universidade Católica Portuguesa, um impacto global na riqueza do país na ordem dos 7 mil milhões de euros, entre 2005 e 2023 (valor descontado a uma taxa de 5%).

Em termos da criação de postos de trabalho perspectiva-se que atinjam os 100 mil, no ano de pico da construção, ou seja em 2012.

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