As empresas em Portugal são as mais penalizadas na hora de receber as suas facturas, de acordo com o estudo realizado em 17 países europeus, sendo o prazo médio de pagamento é actualmente de 87,5 dias.O «Risk Índex» de Outono da Intrum Justitia, para o nosso país, revela um aumento do risco nos pagamentos (para 188 pontos), em comparação com o resultado de há um ano (186 pontos) e sobretudo com a Primavera de 2005 (184 pontos).
O estudo revela, na sua análise semestral sobre os hábitos de pagamento e respectivas tendências na Europa, que Portugal registou um aumento do risco nos pagamentos relativamente a anteriores avaliações realizadas. Um aumento provocado por um agravamento de 2,2 dias no prazo médio dos pagamentos (87,5 dias contra 85,3 dias há 12 meses), e por um forte agravamento da taxa de incobráveis, que passou de 2,7% para 3% no mesmo período.
Para comparação, registe-se que o prazo médio de pagamentos na Europa é de 61,2 dias, o atraso médio dos pagamentos é de 17,3 dias e a taxa média de incobráveis, por seu turno, desceu de 2% para 1,9%.
A Intrum Justitia acrescenta que «para compensar os custos com incobráveis de 3%, é necessário um crescimento económico de 15%», o que reflecte as consequências deste agravamento.
Por outro lado, continua a mesma fonte, «um aumento médio de 2,2 dias nos pagamentos significa, para uma PME com um volume de negócios de 25 milhões de euros, a afectação de um montante adicional de 150.000 euros a valores em dívida pendentes», motivos pelos quais, de acordo com esta análise, estamos perante «uma necessidade imperiosa de medidas capazes de reduzir os actuais risco no domínio dos pagamentos».
Em média, os particulares pagam com um atraso de 22,6 dias, cerca de 11,6 dias mais rápido do que as empresas, que registam atrasos médios de 34,2 dias, enquanto que o mais longo é apresentado pelo sector público, com um atraso médio de 87 dias.
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