quarta-feira, março 22, 2006

Crédito de cobrança duvidosa volta a aumentar

O crédito malparado, que os bancos temem não conseguir recuperar, voltou a ultrapassar os 2 mil milhões de euros.

No final do primeiro mês deste ano, o saldo de empréstimos que os portugueses podem não pagar ascendia 2.080 milhões de euros, um valor que se situa acima do registado no final de 2005, de 1.986 milhões, e no final de Janeiro de 2004, de 2.021 milhões de euros.

Segundo os dados do Boletim Estatístico do Banco de Portugal (BdP), a habitação continua a representar a fatia mais grossa do crédito malparado, com 1.239 milhões de euros. O montante de crédito para comprar casa que está em risco de não ser recuperado também subiu, já que no fim de 2005 o montante era de 1.177 milhões e no final de Janeiro do ano passado era de 1.081 milhões.

No crédito à habitação o saldo dos empréstimos atingiu os 80.234 milhões de euros, dos quais 79.215 milhões a mais de cinco anos, 774 milhões entre um a cinco anos e 245 milhões a menos de um ano.

Mas os empréstimos para compra de casa não são os únicos com elevados montantes de cobrança duvidosa. No crédito ao consumo, o malparado atingiu 296 milhões de euros, superior ao montante do mês anterior (292 milhões de euros) e ao do mês homólogo (452 milhões de euros).

Já nos empréstimos para outros fins, cerca de 545 milhões de euros estavam em risco de não ser recuperados no final de Janeiro, um valor superior ao do mês precedente (517 milhões) e ao do mês homólogo (488 milhões).

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