
Este ganho mensal revelou um aumento nominal de 4,3% e um incremento real de 2,2%, face ao mesmo mês do ano anterior, adianta o Inquérito aos Ganhos e Duração do Trabalho, realizado semestralmente pela DGEEP.
O ganho médio mensal dos homens situava-se em Abril de 2005 nos 1051,78 euros, o que traduz uma subida homóloga de 4,5%, e o das mulheres nos 791,81 euros, mais 4,2% que no mesmo período do ano anterior.
Tendo em conta o nível profissional, o inquérito concluiu que o ganho dos dirigentes apresentou o maior aumento salarial, de 8,6%, face ao período homólogo.
Desde Abril de 2004 que esta variação se tem vindo a intensificar, mantendo-se, a partir de Outubro de 2004, visivelmente acima da variação do ganho médio mensal para o total de trabalhadores a tempo completo.
Por sua vez, foram os operários que auferiram o menor acréscimo dos seus ganhos médios em Abril do ano passado (2,7%), sendo esse ritmo inferior ao dos empregados (3,9%).
Em Abril de 2005, um dirigente ganhava, em média, mais 300 por cento do que um operário e, por sua vez, um empregado ganhava mais 39% do que um operário, o que indica um agravamento das diferenças salariais entre extremos.
A diferença salarial entre os dirigentes e os demais níveis profissionais mostra-se mais vincada quando medida pela remuneração de base do que pelo ganho.
Relativamente à remuneração de base, um dirigente aufere mais 354% do que um operário e um empregado recebe mais 46% do que um operário.
A remuneração base é o montante ilíquido (antes da dedução de quaisquer descontos) pago com carácter regular e garantido aos trabalhadores no período de referência e correspondente ao período normal de trabalho.
O ganho mensal é o montante ilíquido pago com carácter regular pelas horas de trabalho efectuadas, incluindo todos os prémios e subsídios regulares, bem como o pagamento de horas extraordinárias.
A remuneração base média mensal para o total das actividades eleva-se em Abril de 2005 a 797,24 euros, o que traduz um acréscimo de 4,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
O Inquérito aos Ganhos e Duração do Trabalho revela ainda que 4,8% dos trabalhadores por conta de outrem a tempo completo estavam abrangidos pelo Salário Mínimo Nacional (374,70 em 2005).
No entanto, desde Outubro de 2003 que a percentagem de trabalhadores que usufruem do SMN tem vindo a decrescer.
A proporção dos trabalhadores por conta de outrem a tempo completo cobertos pelo SMN apresenta tradicionalmente uma maior incidência no sector de alojamento e restauração, com 10,4% em Abril de 2005.
No mês em análise, a duração média remunerada semanal de trabalho é de 39,4 horas, sendo 38,9 horas no caso do período normal de trabalho.
O ganho médio horário dos trabalhadores a tempo completo e a tempo parcial, em Abril de 2005, era de 5,54 euros e de 5,05 euros, respectivamente.
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