sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Investimento da Portucel cria 350 novos postos de trabalho

A Portucel vai avançar com um investimento de 900 milhões de euros, na abertura de uma nova fábrica de papel e na modernização e desenvolvimento tecnológico. É o maior investimento industrial em Portugal desde a Autoeuropa e vai criar 350 novos postos de trabalho directos.

Em comunicado ontem divulgado, a Portucel refere que vai investir 490 milhões numa nova fábrica de papel não revestido de impressão e escrita (UWF) no complexo industrial de Setúbal, no âmbito de um plano em curso de desenvolvimento e modernização tecnológica e de redução do impacto ambiental do Grupo Portucel Soporcel cujos investimentos totais ascendem a cerca de 900 milhões de euros.

Um contributo que consideram estratégico para o fortalecimento em Portugal de um Grupo que exporta cerca de 93% da sua produção, «numa indústria estruturante com alto valor acrescentado nacional», referem.

A capacidade nominal de produção da nova máquina a instalar, a maior e mais rápida a nível mundial, é de 500 mil toneladas/ano. Deste modo, a capacidade total de produção de papel do Grupo crescerá para cerca de 1,5 milhões de toneladas/ano, «o que reforçará o posicionamento da empresa como um dos principais players deste sector de actividade a nível europeu e mundial», sublinham.

Com este investimento, o maior desde a Autoeuropa, o Grupo Portuel-Soporcel vai criar 355 postos de trabalho directos «altamente qualificados, cerca de metade dos quais a integrar os quadros do Grupo, e mobilização de 1200 trabalhadores no pico da construção da fábrica».

A fábrica deverá entrar em funcionamento prevista para o segundo semestre de 2008.

A produção da nova fábrica permitirá à Portucel expandir-se o mercado europeu e reforçar ainda «a posição comercial já conquistada no mercado norte-americano».

O projecto desta nova unidade papeleira tem ainda associado um outro para a instalação, no perímetro do complexo fabril de Setúbal, de uma central de co-geração de ciclo combinado com turbinas a gás natural (80 MW), o que permitirá satisfazer as necessidades de energia eléctrica e de vapor da nova fábrica de papel.

«Esta central produzirá interessantes excedentes de energia que serão fornecidos à rede eléctrica nacional», adiantam também.

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