quarta-feira, dezembro 28, 2005

Lisboa e Norte de Espanha são regiões mais ricas da Península Ibérica

A Área Metropolitana de Lisboa, em Portugal, e o norte de Espanha entre a Catalunha e Castela-Leão são as regiões ibéricas com o maior rendimento familiar per capita, revela um estudo dos institutos de estatísticas dos dois países.

Tanto a região de Lisboa como o norte espanhol, com excepção da Galiza e Astúrias, apresentam rendimentos familiares entre 10 e os 13 mil euros, valor bastante superior à média portuguesa, que se situa entre os 6 mil e os 8 mil euros.

Segundo o estudo comparativo hoje divulgado, além de quase todo o território português, na Península Ibérica apenas a região espanhola da Extremadura se situa no escalão mais baixo do rendimento familiar utilizado na publicação estatística.

Portugal tem menos dois médicos por mil habitantes que Espanha

No item que o INE dedica à saúde e protecção social, provam que os espanhóis têm à sua disposição mais médicos do que os portugueses.

Em Portugal, em 2003, existia um a três médicos por cada mil habitantes, enquanto em Espanha este número era de três a cinco na maioria do território.

Aliás, a diferença entre Espanha e Portugal no número de médicos por mil habitantes em 2003 é abissal. Em Portugal continental, Madeira e Açores, à excepção da Área Metropolitana de Lisboa, existem um a três médicos para tratar mil habitantes, enquanto os espanhóis têm três a cinco clínicos, sendo este número superior nas zonas de Aragão, Navarra, Principado das Astúrias e Madrid, onde há cinco a seis médicos por mil cidadãos.

Quanto às causas de morte, em 2002, 18,3% dos portugueses morreram devido a doenças cérebro-vasculares (AVC) e 8,9% por isquémia do coração, duas patologias que integram as doenças cardio-vasculares.

As doenças cardio-vasculares são também a principal causa de morte em Espanha, mas morrem mais pessoas por acidentes isquémicos do coração (10,7%) do que por doenças cérebro-vasculares.

Em Espanha, os acidentes de viação ocupavam, em 2002, o 10º e último lugar da tabela das causas de morte com 1,6%, enquanto em Portugal foram responsáveis por 2,1% das mortes.

Em relação às despesas de saúde, os espanhóis gastaram em média mais do que os portugueses em 2002.

Segundo dados provisórios do estudo, cada espanhol gastou 1017,4 euros em saúde, enquanto os portugueses despenderam 876,1 euros.

Entre os 25 países da União Europeia, os luxemburgueses são os que mais gastam com a saúde: 2833,5 euros.

Nos 25 países da UE gasta-se, em média, por ano e por pessoa, 1409,1 euros em despesas de saúde.

A prática de exercício físico, ainda segundo o estudo, é superior em Espanha do que em Portugal.

Segundo o eurobarómetro, 73% dos portugueses raramente ou nunca praticam exercício físico, contra os 57% registados em Espanha.

37% dos espanhóis praticam uma actividade física, pelo menos uma vez por semana, enquanto apenas 22% dos portugueses o faz.

Tendo por base o custo de vida de Bruxelas (equivalente a 100), os portugueses gastaram mais do que os espanhóis em bebidas alcóolicas e tabaco (mais de 90 pontos), enquanto estes despenderam mais euros em alimentos e bebidas não alcóolicas, habitação, vestuário e calçado.

Segundo dados da União Europeia, Portugal tem uma área de 92,072 quilómetros e 10,8 milhões de habitantes e Espanha tem 504,782 quilómetros quadrados e 39,4 milhões de habitantes.

A publicação «Península Ibérica em Números-2005» consolida o trabalho iniciado há um ano visando dar a conhecer a realidade comparada dos dois países ibéricos assim como informação estatística sobre os 25 Estados Membros da União Europeia.

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